Mas certamente que sim! (b)

07 janeiro 2009
  Teste aos botões para Twitter
Eis um teste para ver se os botões para o Twitteer funcionam nos templates do Blogger. Hello?
 
30 agosto 2006
  Dinheiro do POS Conhecimento devia ser fiscalizado
É o mínimo que me ocorreu dizer, quando vi a polémica em que Cláudio Franco deixou envolver o seu blog. O autor tem toda a razão, o excesso de linguagem dos comentadores é compreensível face à indignação causada e uma pessoa como eu que veja o site em questão fica estarrecida a pensar: que dinheiro tão mal empregue.
A crítica inicial de Cláudio Franco devia ter merecido da empresa responsável uma rápida rectificação da sua metodologia e um agradecimento público (ou pelo menos por e-mail); ao invés, decidiram disparatar e sobre-reagir, sem vestígios de argumentação (para não falar em razão).
Além de assustarem Cláudio, que sabem ser jovem e impressionável, o mais que conseguiram foi irritar algumas pessoas e atrairem mau tráfego à empresa e sobretudo ao projecto.
Vendo o respectivo trabalho, apetece a citar muito justamente Pedro Araújo, da empresa responsável: como «a Internet já tem muito lixo», era escusado as autarquias, o Estado e a União pagarem a firmas como a MakeWise para produzirem mais.
 
20 agosto 2006
  A geometria da água

Barragem de Santa Clara, manhã alta. A geometria da água pesa em toda a paisagem. Pesa na beleza. Pesa na cota baixa que pesa a jusante na (míngua de) rega. Pesa na memória que sobra do salazarismo, nome perene neste mármore, nesta toponímia. A geometria da água nos dias de magia.

 
16 agosto 2006
  Windows Live Writer: palmas

Já levo com produtos Microsoft há 20 anos redondos, desde o MS DOS 3.1 (1984/85) , e nunca a empresa me conseguiu impressionar pela positiva.

Bem. Há sempre uma primeira vez. Até para a Microsoft me causar uma boa impressão. Estou a testar o Windows Live Writer, acabadinho de sair, e só posso dizer bem. Para uma versão 1.0 (o equivalente, na Microsoft, às versões "beta", um pretenciosismo que fica bem à Google junto dos analfabetos e que deixa a indústria a sorrir) está muito boa.

A instalação podia ter corrido melhor: o installer andou aos pontapés com o framework .net e ainda tenho janelas a berrarem de vez em quando. De resto, esperem pela muita lentidão típica do código carregado de lixo e de curto-circuitos, ainda por depurar.

Normal.

O que não é normal num produto Microsoft, em especial nos últimos dez anos, é ser tão necessário, tão virado para as necessidades dos utilizadores. A empresa costuma chegar a estes níveis lá para as versões 3.xx testadas intensivamente em laboratórios controlados. Arriscarem assim on fly é verdadeiramente notável - e dá-nos a dimensão do desespero de Ray Ozzie, cavalgando um gigante cego que se aproxima do abismo.

Este é o primeiro texto escrito para aqui. Nem sequer fiz um teste preliminar, é logo a abrir em modo produção. De onde vem tanta confiança? Do facto de, depois de instalado, ter configurado sem problemas de monta o Live Writer para dois blogs Movable Type: um em plataforma de alojamento (weblog.com.pt) outro em instalação pessoal. Se correu tão bem com um MT, isto em Wordpress deve zunir.

Já vários dos tecnólogos de serviço escreveram sobre o Windows Live Writer, nesta página estão ligadas diversas críticas. Se costuma usar um editor, tem de experimentar este. Se não costuma, este é um bom começo: os editores poupam tempo e facilitam muitas tarefas (ao nível do código HTML - era uma benção que VOCÊ, sim, você mesmo, usasse isto, o seu código deixava de ser a porcaria que é, com tags misturadas e por fechar e o diabo a sete). E para quem mantenha diversos blogs, então, é imprescindível.

 
  Das light news ao ensaio

O período estival convida à indolência e devo por esta altura avisar que tenho andado intermitente entre períodos de descanso, uma constipação e períodos de trabalho. Por isto ainda não tinha agradecido ao Rogério Santos as muito amáveis palavras com que recebeu e criticou dois trabalhos meus no Expresso. Respondi-lhe no Indústrias Culturais, mas desconfio que algo terá falhado nos comentários, que não chegaram a ver a luz do dia. Desconheço mesmo se os leu. Adiante, porque aqui fica o meu agradecimento público.

Num texto sobre diferenças e preferências entre hard news, soft news e light news, e a propósito da minha peça para o caderno de Economia do Expresso sobre a efeméride da WWW, Rogério Santos saudou-me nestes moldes: «saíu do castelo que é a revista "Única", espaço de light news do semanário, para respirar, a semana passada em ensaio, esta semana em artigo factual». Eheh, é verdade que sabe bem mudar de ares. Foram muitos anos na Única, passei uma fase em que temi repetir-me e acabei "salvo" pela web 2.0 que devolveu às semanas um frenético ritmo noticioso. Mas a página precisava de uma remodelação. Não foi a minha remodelação, foi a de quem de direito.O  Expresso ficou a ganhar, que é o mais importante do meu ponto de vista de ex-quadro e actual colaborador daquele semanário.

Mas mais interessante é este post em que o Rogério se debruça sobre a apaixonante temática do fim da galáxia Gutenberg, alvo do meu ensaio na revista Actual do Expresso no dia 29 de Julho. Apenas uma adenda, o Rogério Santos fala neste «optimismo tecnológico» e eu lavo daí as minhas mãos. O ensaio não aprofundava essa zona, mas não era intenção glorificar a tecnologia. Quanto ao «desaparecimento dos intermediários», Rogério diz não concordar mas eu tenho de dizer isto: no contexto em que o referi é um facto, não uma «ideia», como diz, ou interpretação. Hoje a publicação é acessível a praticamente qualquer pessoa sem passar o Crivo, como escrevi, «um batalhão de intermediários letrados ou até mesmo cultos cuja função consistia em tranquilizar a Humanidade acerca da proveniência, da conveniência e da competência das ideias escritas pelo autor».

Claro que isto não é teorizar sobre a necessidade dos intermediários letrados na nossa sociedade actual ou nalguma das próximas culturas que emergirão, fraccionadas, da implosão da Civilização do Petróleo e da globalização. Sobre isso tenho uma ideia, é verdade. Mas fica para outra altura.

 
11 agosto 2006
  Frases que valem a pena
(de pessoas que valem a pena)
(Ou como) um grande narrador é sempre alguém atento à luz e seus sobressaltos", João Lopes em 6ª, Diário de Notícias de hoje
 
10 agosto 2006
  A crise do jornalismo, remake

A Federação Internacional de Jornalistas fez um estudo a nível mundial que pretendia identificar as implicações no produto jornalístico das mudanças na relação entre entidades empregadoras e jornalistas (págs. 16 e 17). Conclusão? Os jornalistas recebem menos do que há cinco anos, as redacções são cada vez mais compostas por jornalistas jovens, menos qualificados e mais baratos e os contratos a longo termos têm sido substituídos por contratos mais curtos ou colaborações. A consequência é a óbvia: a deterioração da qualidade editorial. Aquele tema de que se falou tanto em Maio, a propósito das relações entre agências e jornalistas” Carla Borges Ferreira em Meios & Publicidade

 
08 agosto 2006
  Os junkies e os dealers
Eu percebo a auto-alienação dos contadores de cadáveres, para os quais a épica batalha dos seus números (saber se foram 80 ou 30 os cadáveres do dia) é quiçá mais importante que a guerra das armas.
Eu percebo (e até subscrevo, como vítima) a indignação pelo extremar dos extremos que resulta da discussão pública imediata (i.e., sem mediação...) sobre os "acontecimentos" do dia a dia da guerra "entre Israel e o Hezbollah" (como se estivéssemos perante dois galos numa capoeira, cada um representando um emblema, até posso ouvir o relato, neste canto com a camisola do Bem o galo semita, no outro canto representando o Mal o galo anti-semita e não houvesse mais nada fora da arena de onde escorre o sangue dos dois galos).
Eu percebo a perturbação espiritual de algumas almas inquietas que justamente reconhecem autoridade ao tempo e à memória retirando-a aos poderes transitórios, incluindo o Quarto e sua blogosférica descendência.
Mas deixem-me que vos diga. O tamanho do conflito só pode ser percebido na sua totalidade ("grocado", diria o Smith de Heinlein) à luz de uma realidade bem mais premente e comezinha que esse épico do "choque de civilizações" e outros blockbusters tão bem intencionados quanto inócuos. Essa realidade chama-se a dependência dos Estados Unidos da América, em cujas veias se injectam diariamente milhões de barris de petróleo.
Em termos simples: o principal junkie da droga que impulsionou a Alucinação Colectiva Da Prosperidade Mundial ao longo do século XX começa a dar sinais de perturbação perante o fim do fornecimento e, como bom agarrado que é, não quer nem ouvir falar em programas de metadona. É um desesperado.
Do outro lado o dealer está em piores lençois: fartou-se de encher os dedos de anéis de ouro e espatifou bem mais que a conta em meretrizes monegascas e champanhe francês, não cuidando de retocar a tempo as linhas de fornecimento, e agora veio o implacável anúncio do fim próximo do abastecimento divino. Sente que espatifou a oportunidade única de reerguer o islão que Alá lhe deu no momento em que o sentou em cima do barril imenso. É um desesperado.
Estes dois desesperos são colossais, mesmo à escala planetária, e conduzem o mundo para o Choque da Realidade como um rebanho a caminho do matadouro.
Não conto mísseis nem corpos. Não ergo o braço deste ou do outro em sinal de vitória (comecei o conflito a pensar que eram favas contadas para Israel, era uma questão de tempo, e hoje começo a pensar que o Hezbollah tem o jogo no papo, por isso mesmo nunca se sabe, o tom ligeiro está dentro da moda da estação). Não penduro uma bandeira na minha janela. Caro leitor: este conflito prenuncia o futuro e o futuro é de escaramuças entre os junkies e os dealers da droga económica do século XX. Comece pelo notável trabalho do Chicago Tribune. Os gráficos são muito bons -- mas não se prenda, faça favor, leia o resto. Pense um bocado. Verá que depressa lhe passará a indisposição provocada pela cobertura imediata da batalha no Médio Oriente.
 
  Grande sucesso chinês: bar para andar à porrada
Um bar chinês arranjou uma nova forma de atrair clientela e tornou-se um grande sucesso: os clientes podem esmurrar o pessoal.
O proprietário do Rising Sun Anger Release, Wu Gong, referiu ao China Daily ter-se inspirado na sua experiência como emigrante.
Fico à espera dos copy-caters lisboetas, essa trupe de "empresários" "da noite" que gosta de apresentar ideias "maravilhosas" e sempre, sempre de grande originalidade.
Fonte: BBC.

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O amor é uma vida dentro da vida.

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Olá, o meu nome é Paulo Querido e mantenho este espaço como extensão em linha de uma coluna no Correio da Manhã. Sou consultor de new media, jornalista e escrevo livros e artigos (e também algum código) sobre a net e na net desde 1989.

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